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O CONSELHO EM SANTA CATARINA

Em 1964, a Resolução 140 do Conselho Federal de Economia (Cofecon), datada de 9 de outubro, cria a 7ª Região em Santa Catarina, desmenbrando-a do Rio Grande do Sul, graças à persistência e coragem do Economista Ermi Faísca, na época presidente do sindicato. Em 1966, o Conselho Regional de Economia (Corecon-SC) elege sua primeira diretoria. Nesta etapa da organização da categoria no Estado, o Conselho usava como sede as dependências da Caixa dos Empregados do Comércio, no Centro de Florianópolis. A criação das Faculdades de Ciências Econômicas de Blumenau, Joinville e do Sul de Santa Catarina, que vieram juntar-se à da UFSC, foram pontos definitivos na consolidação da posição do Corecon-SC no cenário nacional. Nos anos seguintes, já sob a presidência de Amauri Botto Guimarães, o Conselho passa a funcionar na Rua Almirante Alvim, 19, junto à faculdade de Ciências Econômicas da UFSC.

Os irreverentes anos 1970 se iniciam com o Conselho já funcionando em espaço próprio. Uma acanhada sala alugada, na Rua Nunes Machado, 17. Tempos difíceis, em 1972 assume a presidência o Economista Mauro dos Santos Fiúza. Inconformado com a situação, lançou uma campanha estadual de doações para a compra da primeira sede própria do Corecon-SC. Com esforço dos profissionais e a colaboração do então governador Colombo Salles, foram adquiridas duas salas em um prédio da Rua Anita Garibaldi.

Com a consolidação da sede na Capital teve início a expansão da atuação do Conselho no interior do Estado. Foram criadas as primeiras Delegacias Regionais e, no ano de 1973, acontece o 1º Encontro Estadual dos Economistas que no anos seguintes já seria realizado em Lages e Blumenau. O setor público ou magistério agregavam os profissionais em Florianópolis. No interior já era possível atuar nas indústrias.

No governo militar, a economia federal passa a ser planejada a longo prazo, com a reestruturação do Banco Central e a criação de órgãos como BNH e o IPEA. A profissão do Economista vive, então, seu momento mais próspero no mercado de trabalho. Os primeiros sinais da abertura política, no início dos anos 80, trazem consigo importantes alterações no cenário econômico nacional. Os concursos púbicos ainda representavam uma reserva de mercado profissional para o Economista, mas nas empresas privadas o espaço começa a ser disputado com profissionais de áreas afins. “As empresas privadas já não respeitavam a função do Economista. A essência da profissão ficou difusa, com a sua área invadida”, lembra Tarcísio Herdt, presidente do Corecon-SC no ano de 1984. O momento era de fortalecer a categoria e, para tanto, Herdt só encontrou uma maneira: estruturar o Conselho para fiscalizar e acompanhar o exercício da profissão. Ainda não havia estrutura de cobrança de anuidade e o Coreco-SC se sustentava a partir da parceria com órgãos públicos.

Uma das grandes idealizações do Corecon-SC era assumir uma cadeira no Conselho Federal de Economia. A partir de 1988, na gestão de Nelson Castello Branco Nappi, após a realização de um evento nacional da classe, promoveu-se uma reunião em Florianópolis, com representantes dos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para tratar de assuntos comuns às entidades.

A ideia inicial era de promover um maior relacionamento com os demais Conselhos, com vistas à obtenção de futuros apoios a uma vaga no Conselho Federal. Em 1999, foi concretizada a reunião dos Conselhos Regionais do Sul em Florianópolis/SC, decorrendo daí, a idéia de se fazer a cada ano um evento que hoje chamamos de ENESUL, o Encontro dos Economistas da Região Sul.

O período Sarney/Collor é marcado por planos econômicos frustrados e de duração efêmera, o que refletiu na imagem do Economista no mercado de trabalho. O Estado parou de contratar e teve início o processo de desestatização desencadeado pela globalização. O contexto específico do Coreco-SC também foi atingido pela “turbulência” da economia mundial. “A situação era preocupante, tínhamos um quadro de associados pouco renovado e estávamos diante de uma redução drástica de profissionais atuando no setor público”, recorda Carlos José Gevaerd, que assumiu a presidência do Conselho nos anos de 1992/1993. Os desafios agora eram tentar reestruturar financeiramente o Conselho e renovar o universo de filiados. A alternativa encontrada foi a criação do Registro Provisório, na intenção de aproximar o conselho dos futuros Economistas que estavam sendo formados nas universidades. Já no primeiro ano, a adesão dos formandos foi de 15%.

Em 1995, já na gestão de Nelson Pamplona da Rosa, o Corecon-SC expande a sua estrutura e se instala num amplo espaço. A sede atual, localizada na Rua Trajano, foi inaugurada em novembro de 1997, onde funciona também a Ordem dos Economistas do Estado de Santa Catarina.

OS PRESIDENTES

O Conselho Regional de Economia chegou ao estagio que está hoje, graças à abnegação, esforço e dedicação de muitos profissionais que não deixaram de dar sua contribuição para a classe dentre os quais estão os dirigentes que bem conduziam os destinos da instituição desde 1966.

Relação dos Presidentes - 1966 a 2023

Econ. André Luiz Koerich (2023)
Econ. Sílvio José Martins Filho (2022)
Econ. Ivoneti Ramos (2020)
Econ. Paulo Roberto Polli Lobo (2019)
Econ. Alexandre Antônio Benedetto Flores (2018)
Econ. Paulo Roberto Polli Lobo (2016-2017)
Econ. Nelci Moreira de Barros (2015)
Econ. Waldemar Bornhausen Neto (2013-2014)
Econ. Paulo Roberto de Jesus (2012)
Econ. Paulo de Tarso Guilhon (2010/2011)
Econ. Charles Schneider (2009)
Econ. Maximo Porto Seleme (2008)
Econ. Ermes Tadeu Zapelini (2007)
Econ. Pedro Moreira Filho (2005/2006)
Econ. Nelson Castello Branco Nappi (2003/2004)
Econ. José Georges Chraim (2002)
Econ. Humberto Dalsasso (2001)
Econ. Ermes Tadeu Zapelini (2000)
Econ. Edson Pozes da Silva (1999)
Econ. Nelson Pamplona da Rosa (1996/1997/1998)
Econ. Pedro Moreira Filho (1994/1995)
Econ. Carlos José Gevaerd (1992/1993)
Econ. Valmir Gentil Aguiar (1991)
Econ. José Figueiredo de Bem (1990)
Econ. Nelson Castello Branco Nappi (1998/1989)
Econ. João Telbas de Oliveira Santos (1987)
Econ. Nelson Pamplona da Rosa (1986)
Econ. Marcos Aurélio Barzan (1985)
Econ. Tarcísio Jaime Herdt (1984)
Econ. Moisés Pollak (1983)
Econ. João Emílio Gallois Zanetti (1982)
Econ. Ignácio Queiroz (1981)
Econ. Silverino da Silva (1980)
Econ. Osvaldo Goeldner Moritz (1979)
Econ. Genésio Claudio Suêne (1978)
Econ. Luiz Salgado Klaes (1977)
Econ. Paulo Wanderlinde (1976)
Econ. Egon Martignago (1975)
Econ. Roberto Ferreira Filho (1974)
Econ. Mauro dos Santos Fiúza (1972/1973)
Econ. Jucélio Costa (1970/1971)
Econ. Amaury Botto Guimarães (1967/1968/1969)
Econ. Ruben Lyra (1966)